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segunda-feira, 11 de maio de 2009

Início do mal de Alzheimer impede que pessoas priorizem suas lembranças

Em teste, idosos tinham de memorizar palavras mais e menos importantes.
Pessoas com fases iniciais da doença tiveram dificuldade para conseguir.

Eric Nagourney Do 'New York Times'

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Xadrez é um estímulo cognitivo importante para prevenir o Alzheimer (Foto: Reprodução)

Mesmo antes de começar a ter sérios problemas envolvendo a memória em geral, pessoas com os estágios iniciais da doença de Alzheimer aparentam ter dificuldades em tomar boas decisões sobre o que se lembrar, relata um novo estudo. Em texto publicado na revista científica "Neuropsychology", pesquisadores afirmam que esses pacientes têm problemas em determinar quais partes da informação são mais importante que outras.

Os cientistas, conduzidos por Alan D. Castel, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, basearam suas conclusões a partir de um estudo envolvendo 109 pessoas com uma média de idade de 75 anos. Algumas delas estavam em estágios iniciais de Alzheimer, enquanto outras estavam cognitivamente saudáveis.

Fonte : G1 - Ciência e Saúde - medicina

A criação da medicina de segunda classe

por Paulo Moreira Leite |
categoria Geral

Os brasileiros estão diante de um debate importantíssimo desde que chegou ao STF uma proposta de mudança constituicional em torno dos princípios saúde pública brasileira.

O artigo 196 da Constituição diz o seguinte: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”

Como sabe toda pessoa que já esteve num hospital público, mesmo naqueles que a imprensa adora definir auto-enganosamente como um Albert Einstein “sem hotelaria” apenas porque seus profissionais jamais irão frequentá-los na condição de paciente, a saúde brasileira está longe de ser “universal” e muitos menos igualitária.”

Muitos progressos foram feitos, porém. Alguns, graças ao artigo 196 da Constituição.

Num país onde se trata com naturalidade o fato de que ministros de Estado possuem planos privados de saúde e assim tem melhores condições do que o cidadão comum para lutar pela vida, como faz a ministra Dilma Rousseff em seu esforço para vencer o linfoma, remédios de nova geração, necessariamente caros, alguns caríssimos, não são obtidos com facilidade pela maioria dos brasileiros que encara a morte na rede pública — ou em planos privados de saúde que perdem a validade depois do primeiro resfriado.

Para obtê-los, muitos pacientes batem às portas da Justiça que, diante da constatação de que desde o 13 de maio de 1888 não se pode falar em duas classes de cidadãos no Brasil, usa o artigo 196 da Constituição para assegurar que, ao menos no plano de quem bate às suas portas, a igualdade será respeitada.

Todos sabem que o mundo não é igual para todos. Mas a consciência se recusa a aceitar a institucionalização da desigualdade num terreno onde ela é o mais importante — na defesa da vida.

Fonte : Revista Época