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sexta-feira, 28 de junho de 2013

Lágrima, uma mensagem sem cheiro - Jornal O Globo

TEL AVIV - Lágrima, qual é o teu segredo? O que significa a gota inodora que brota dos olhos não só em momentos de alegria e tristeza, mas também em situações mundanas como cortar cebola? Ela pode parecer elementar, mas a lágrima é um mistério que pesquisadores começam só agora a desvendar. O choro emocional sempre foi considerado um fenômeno apenas dos seres humanos, mas que contradizia o chamado “paradoxo de Darwin”: não parecia ter nenhum objetivo funcional para o dia a dia. 

Nos últimos anos, porém, pesquisas mostram que as lágrimas carregam sinais químicos que influenciam a comunicação de maneira indelével. Como outros fluidos humanos, como o suor, que podem transmitir uma surpreendente gama de sinais emocionais, as lágrimas - mesmo inodoras - também são mensagens inconscientes.
- Quando choramos, enviamos vários sinais emotivos, codificados quimicamente no líquido - explica o neurocientista Noam Sobel, diretor do laboratório de Olfato do Instituto Weizmann de Ciência, em Rehovot, Sul de Israel. - Mesmo que não tenham cheiro, as lágrimas emitem agentes químicos que são imediatamente identificados por outras pessoas. Quer dizer: o olfato funciona mesmo quando não estamos cientes dele e não sentimos nenhum odor específico.

Pesquisadores há tempos tentam identificar a função social do choro. Em seu livro “A expressão de emoções no homem e nos animais”, publicado em 1872, 13 anos depois do revolucionário “A Origem das espécies”, o naturalista britânico Charles Darwin afirmou que todas demonstrações humanas de emoção têm alguma função prática. Todas, menos as lágrimas, as quais escaparam a seu entendimento. Na obra, o pai da Teoria da Evolução busca explicações para as expressões humanas traçando paralelos com animais. Por exemplo, quando um homem quer mostrar desprezo, nojo ou agressão em relação a outro, o canto de seu lábio superior acima do dente canino é levantado, assim como acontece com animais prestes a atacar.

BOM DIA, MAS BOM DIA MESMO!!!


Liberdade

A busca da liberdade sempre foi uma constante na história da raça humana.

Ela compõe o conjunto dos elementos que habitualmente se imagina sejam necessários ao bem-estar das criaturas.
Parece de pouca serventia possuir alguns bens, da espécie que sejam, sem a liberdade de desfrutá-los.

Para ser livre, muitas vezes o homem trilhou caminhos tortuosos.
A maioria das revoluções foi levada a efeito sob o pretexto de livrar os povos de tiranos que os subjugavam.

Contudo, tão logo instaurado o novo regime, os revolucionários geralmente trataram de impedir com violência quaisquer manifestações contrárias as suas idéias.

Em nome da conquista e preservação da liberdade coletiva, muitas  atrocidades foram cometidas.

No mundo atual, com os valores em constante mutação, ser livre persiste como uma meta a ser atingida.
Mas resta saber se o que o ser humano está vivendo realmente possui o condão de libertá-lo.

Com freqüência, ouve-se que determinado homem ou mulher é 'liberado'.

Mas, curiosamente, isso não tem o sentido de que a pessoa em questão livrou-se de uma enfermidade, de um vício, ou então pagou uma dívida.
Não se trata, em geral, de alguém alforriado de uma situação penosa, à custa de esforço, trabalho e talento.

O vocábulo costuma referir-se antes à perda da vergonha e do pudor, à deserção de compromissos assumidos.

Ser livre, nesse contexto, possui o estranho significado de vivência desequilibrada da sexualidade, do cultivo de vícios que podem destruir a saúde física, mental e emocional.

Ocorre que afrontar a sociedade, sem qualquer finalidade superior, não possui o condão de libertar ninguém.

Chafurdar em vícios e desatinos também está longe de ser conduta libertadora. Em um mundo massificado, é compreensível as pessoas desejarem distinguir-sede algum modo.

Contudo, há maneiras muito mais nobres de conseguir isso do que pela adoção de comportamentos exóticos e chocantes, mas estéreis.
Por exemplo, a prática das virtudes cristãs, como a caridade, a humildade e a pureza, é sempre um fator de distinção.

Por mais que seja dúbio o significado da expressão 'liberdade', ela com certeza não se identifica com a adoção de hábitos que conduzem à doença e à desarmonia.

Jesus afirmou que o conhecimento da verdade nos libertaria. De fato, uma compreensão mais aprofundada das leis da vida, ao despir o homem de suas ilusões, livra-o da mesquinhez, do egoísmo e do orgulho.

Como esses vícios são os que tornam mais penosa a convivência na Terra, sua ausência implicaria em imediato acréscimo de bem-estar para todos.
Tendo em vista que a árvore se identifica pelos seus frutos, a liberdade sob esse prisma é algo muito desejável.
Assim, ao buscar sua liberação, reflita sobre o que ela significa.

Não confunda liberdade com libertinagem, nem felicidade com deserção do dever. No convívio familiar ou social, é impossível ser totalmente livre.
Os seus direitos terminam onde começam os direitos do seu próximo.
A completa libertação possível é a das paixões, dos instintos inferiores, que tanto infelicitam a humanidade.

Ao traçar as metas de sua vida, busque antes libertar-se da dor e do desequilíbrio.
Para tal, um padrão de conduta reto e equilibrado, marcado pelo bom-senso, sempre será o melhor roteiro.